domingo, 26 de junho de 2011

Um novo horário de novela...

Meus caros amigos!
Foram tantas as reviravoltas na minha vida ultimamente que cheguei a pensar que o mundo estava rodando mais depressa que o costumeiro. A tempestade de lama que inundou Brasília no ano do cinquentenário soterrou muitos sonhos e cristalizou muitas injustiças, mas felizmente conseguimos sobreviver. A direção da rede CNT que teria todos os motivos para execrar-me do mercado, embora eu não tenha tido culpa no episódio do sonho dourado, ainda manteve a sua generosa atenção comigo aceitando exibir um produto para colocar Brasília no mercado Nacional. Sendo assim a nossa fábula "era uma vez um cerrado que virou METRÓPOLE" estará no ar entre 05 de setembro de 30 de dezembro, de acordo com as conversas em andamento, só que no horário das 14.00 às 15 horas de segunda a sexta feira. Será a primeira obra inédita de teledramaturgia a ser exibida em horário diurno. A princípio fiquei um pouco triste, sentindo-me desprestigiado, mas depois caí em mim. Afinal, pensei, quem sou eu para querer algo melhor num momento em que não deveria ter nada? Então vislumbrei uma nova possibilidade. Estamos criando um novo horário de novela na televisão? Será uma honra se isso acontecer. Pelo menos já temos certeza de que as nossas produções não ficarão na gaveta, para serem mostradas aos amigos e aos novos sonhadores do reino de Zeus.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Marcas que o tempo não apaga

Meu caros amigos
Estou em Brasília desde fevereiro de 1967. Aqui me criei, estudei, formei família, participei ativamente da vida da cidade. Sempre atuei na área da criação, produção e realização cultural. Teatro, cinema, rádio, televisão, música, publicidade. Mas não faço parte do acervo, ninguém me conhece como agente cultural. Não me incomoda isso, o que me incomoda na verdade é a multidão de puxa sacos que de tempos em tempos se apossa dos valores e bens culturais, que pertencem ao povo mas a ele nada oferece. Bom exemplo disso é a matéria publicada pelo Correio Braziliense sobre o Polo de Cinema de Sobradinho. Nos meus mais de quarenta anos de batalha pela cultura, e todos esqueceram que fiz o primeiro show de TV ao vivo via embratel para 20 emissoras da antiga Radiobrás, agora EBC, em todo Brasil. Que toquei pela primeira vez o primeiro disco de Oswaldo Montenegro ainda na Rádio nacional lá pelo anos de 1970, que pelo palco do show da cidade passaram todos os artistas de duas gerações, sem exceção, que mostrei pela primeira vez na tv os trabalhos de Toninho de Souza, os filmes do Afonso Braza. Mas todos se lembram que tive a infelicidade de colocar no ar, emprestar minha credibilidade, dizer ao povo que eles eram gente do bem, alguns dos nomes mais podres revelados na história recente de Brasília. Mas eu estou feliz, não tenho dinheiro mas também nunca sujei minhas mãos nem a minha alma. Ando de cabeça erguida pela cidade, em 40 anos de vida pública jamais tive meu nome vinculado a qualquer tipo de fato ou ação que pudesse desabonar o meu comportamento. Não faço parte dessa sujeira mesquinha onde eles se matam pela oportunidade de enganar mais um. Essas marcas o tempo não apaga. Aprendi com meu mestre Daisaku Ikeda que "AS MALDADES SÃO PODEROSAS, MAS JAMAIS SERÃO CAPAZES DE VENCER UMA ÚNICA VERDADE". Os canalhas passam e a cidade continua. No momento exato todos serão execrados pela consciência coletiva. Nunca recebi um centavo sequer de apoio de qualquer programa, de qualquer governo. Porque, eu não consigo explicar, mas também não faria diferença. Se você me encontrar por aí com um pires na mão pedindo uma esmola pelo amor de deus, para terminar a primeira novela de Brasília, não sinta-se obrigado a colaborar, pois não será uma solução. Será apenas um ato de protesto.
"Se eu pudesse tudo que eu queria nesse momento, era voltar a ser o que eu era, quando sonhava ser o que sou agora.

Os risos garantem o sucesso da comédia

Caros amigos
Hoje foi o primeiro ensaio de minha pela República de Mulheres com todo elenco e afirmo que foi emocionante. Muito menos pelo resultado pois alguns estavam se conhecendo. Mas, muito mais pelo clima de amizade, solidaderiedade e alegria do grupo. Todos muito carinhossos, cúmplices e descontraídos. Presentes ao estúdio o Marlon, meu filho e assistente e a Cáudia Nobre, minha atriz em formação. Pelos risos contidos é possível prever que o espetáculo será um sucesso. Temos certeza que tudo correrá assim até o final. Ao ver a garra da Alessandra Leles, ou do Ronaldo Viega, o envolvimento de Janaína Miguel que está de volta ao nosso grupo e muito bem vida, a alegria da Luana Danielle,  o doce sotaque caipira de Alessanda Alves e sua Jasmim, completando com o jeito tímido porém ousado do Láidison Peixoto e sua nova experiência com Buby Cristal. Fiquei emocionado por que adoro pessoas do bem e eles são tudo de bom. O público de Brasília terá uma comédia de grande alcance e profundidade.
Beijo a todos e meu muito obrigado

domingo, 5 de junho de 2011

MITOLOGIA DO CERRADO

A partir de hoje meu blog será o conteúdo do meu diário. Tudo que eu tiver que falar será através deste único canal de comunicação, sem censura e totalmente inviolável. Desde 1987 quando escrevi, produzi e dirigi Uma família em apuros - teledrama com 30 minutos, projeto da Fundação Getúlio Vargas do Partido Trabalhista Brasileiro, exibido em rede nacional de rádio e televisão no horário do partido, comecei a me convencer de que era possível criar um mercado de trabalho nessa área para que a gente pudesse viver e trabalhar sem ter que desmontar a relação familiar. Alguns projetos vieram nessa trilha. GERAÇÃO VALENTE (1999 no polo cinema), SERRA DO LUAR (2001 em Pirenópolis), TERRA PROMETIDA (2002 - 2006) em Brasília, SONHO DOURADO (2010 em Brasília perspectiva de um grande acontecimento que viria coroar de êxito toda luta de uma geração). Nnenhum desses projetos teve o desfecho desejado. Cheguei até a pensar que eu era uma persona non grata, na cidade que ajudei a construir, pois aqui dediquei minha vida desde 1967, exclusivamente à arte e a cultura. Mas ao que vejo isso não conta. A história que tem valor é aquela de "quem, quando e quantos" você puxou o saco e lambeu as botas. (Lamber as botas significa engraxar os sapatos com a língua). No fundo chegou à conclusão que ninguém quer que esse projeto aconteça. Proponho-me realizá-lo de forma totalmente anônima, cedo e transfiro para quem interessar possa todo o mérito desde que essa pessoa faça-o acontecer. Essa MITOLOGIA DO CERRADO nada mais é do que uma concentração de narcisos disputando espelhos para saber que ego é mais forte e tem mais brilho. Como tudo nesse país ainda está atrelado aos favores do governo, os lambe botas estão sempre ocupando os caminhos como guardiães da incompetência e dos defensores das minorias que se protegem.
Vou ficar aqui no posto de observação esperando a reação dos notáveis de Brasília.

Aqui tenho alguns registros da minha jornada com muitas pessoas que estiveram ao meu lado pelos mais diferentes motivos, e nas quais muitas vezes depositei as minhas esperanças.