INCONFIDÊNCIAS

UM BAILE DE MÁSCARAS

Eu costumo dizer em minhas aulas que "A vida e a arte são uma coisa só" de maneira análoga a vida é um grande baile de máscaras onde reis, rainhas, juízes, mendigos, loucos, santas e prostitutas se misturam numa dança frenética que muda de rítimo de acordo com as conveniências de nossos personagens. A partir de hoje estarei aqui com as inconfidências dos bastidores da minha vida. Seja o que for que as pessoas falarem ou ouvirem sobre Ney Ferreira estarão sempre aqui na versão original e cem por cento verdade.

UMA VIRADA INGÊNUA

Até 1997 eu era o Roberto Ney na TV, Show da Cidade, agência de publicidade, top de mídia, cercado de "amigos", paparicado por todo tipo de gente que vislumbrava uma chance de colocar a cara na televisão. Eu era muito mais estúpido do que eu sou hoje e abria as portas do mundo para qualquer pessoa com cara de gente boa. Foram muitos os canalhas que usaram e abusaram da minha estupidez para se projetar na sombra da minha ótima relação com meu público que sempre me prestigiou com grandes audiências.
De algumas coisas eu me arrependo, de outras me entristeço e de outras tantas eu me envergonho por ter sido tão ingênuo. Em 97 decidi dar uma virada na vida larguei tudo que havia feito até então e tornei-me apenas Ney Ferreira, disposto a viver da coisa que mais gosto de fazer. Escrever personagens para o grande baile de máscaras. Na minha ingenuidade imaginava que no mundo das artes só tinha gente do bem, que ledo engano! Enquanto as pessoas vêm em você uma chance de subir um degrau olham como se você fosse uma escada inteira. Quando percebem que você se fudeu, apenas viram as costas e apontam o dedo para o caminhão de lixo. Mas existe uma coisa que me enche de orgulho. EM 45 ANOS DE VIDA PÚBLICA jamais tive publicada em algum lugar uma única linha que pudesse desabonar a minha conduta. Sempre mostrei a minha cara e todas as vezes que entrei nas roubadas, assumi sozinho a responsabilidade e as consequências...
Agora chega! Eu vou contar tudo, com riqueza de detalhes, que todos saibam o que realmente aconteceu em cada um dos altos e baixos da minha vida.
Não percam os próximos textos do teatro do absurdo.

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