segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Abrindo o coração

METRÓPOLE é muito mais do que uma simples produção local, devaneio de aventureiros ou um ato de megalomania. Embora cada um possa definir da maneira que melhor lhe convier. A verdade é que METRÓPOLE independe de ser uma novela, minissérie, macrossérie ou qualquer outra definição, ela representa mais um degrau de uma longa escada que vem sendo construída desde 1997. Época em que conheci pessoalmente a maior parte da classe artística desse segmento. Tínhamos um estúdio na CLN 406 onde me reunia com todos os notáveis, Chico Santana, Luciana Martuchelli, Guilherme Reis, Dimer Monteiro, Bido Galvão, Jeff Moreira, Andrade Júnior, Clarisse Cardel, Guilherme Veloso, Eliane Silvestre, Fares Maia, Chico Rocha, Márcia Mármori, Túlio Guimarães, Eloisa Cunha, Thomaz Coelho, Nivaldo Ramos, Leonardo Hernandes, Gê Martu, Mielson Menão e mais uma enorme lista cujos nomes talvez esqueça e peço desculpas. A todos apresentei o projeto VIA3 cuja essência era a criação de uma terceira via de produção cultural no Brasil, a partir de Brasília, consolidando assim um mercado de trabalho para todos nossos artistas e tecnicos. A produção era uma novela chamada DINHEIRO E LÁGRIMAS, co-produção com a TVS de Havana - Cuba, tendo como suporte o tratado cultural Brasília-Havana cidades irmãs, assinado pelo então governador CRISTOVAM BUARQUE, (agora senador) que me garantiu pessoalmente que o Governo do Distrito Federal estaria participando do projeto, anvidando quaisquer esforços para viabilizá-lo. Infelizmente ele não cumpriu com sua palavra, a TVS de Havana desistiu, o projeto naufragou e eu virei o vilão da história, além de contabilizar um prejuízo que me levou à falência, ao mesmo tempo em que os notáveis viraram as costas para mim. De todos aqueles citados, apenas alguns continuam acreditando na minha honestidade, honradez e sinceridade e apoiando o projeto que mudou de nome, mas nunca mudará sua essência. O objetivo continua sendo o mesmo. Reunir todas as pessoas de bem em torno de um ideal comum, qual seja contruir um mercado de trabalho para toda a nossa categoria. Fui traído várias vezes por várias pessoas e governos e agora retomo a esperança na pessoa do Agnelo Queiroz e algumas pessoas que orbitam em sua volta para seguir em frente. Nesse caso deixo claro que não tenho nenhuma garantia do Agnelo governador, mas apenas a declarão de desejar apoiar do Agnelo candidato. Também desejo esclarecer que o projeto Metrópole vai acontecer com ou sem o apoio financeiro do GDF. Nós não podemos deixar morrer esse sonho. Recuso-me terminantemente a falar aqui sobre os nomes e os atos indecentes de pessoas indignas que inviabilizaram o cinquentenário de Brasília, onde tínhamos esse projeto aprovado com publicação no Diário Oficial e todas as demais formalidades.
Sem mágoas nem rancor
Quero deixar bem claro nesse instante que não guardo mágoa nenhuma, não alimento rancor no meu coração e nem passa pela minha cabeça vingança estúpida contra ninguém e muito menos a exclusão de quem quer que seja. A única coisa que eu desejo e espero é que todas as pessoas que venham a se envolver com esse projeto, tragem estampada no rosto a alegria de estar fazendo alguma coisa por todos. Que tenha a coragem de dizer SIM ou NÃO quando for necessário. Que use as máscaras apenas para expressar emoções em sua interpretação e acima de tudo, que tenha a grandeza de fazer como eu. FAZER COMO FALA E FALAR COMO FAZ porque essa é a essência de uma pessoa de bem.
Brasília-DF, 31 de janeiro de 2011
NEY FERREIRA (dramaturgo, jornalista, brasileiro, sonhador)
http://novelametropole.art.br/