quarta-feira, 9 de maio de 2012

Pelos olhos dos outros

Não é possível consumir alguma coisa pelo gosto de outras pessoas que nos dizem o que é bom ou não. Igualmente não é possível ver a vida e suas belezas pelos olhos dos outros que às vezes nem enxergam direito. O Brasil é muito descuidado com relação a arte e a cultura, porque as pessoas confundem cultura com diversão. A diversão, o folclore e os costumes são componentes da cultura de um povo, não são a sua essência nem o seu todo. Muito menos é possível separar a nossa cultura, da cultura dos povos de outras civilizações. De certa forma, esta emanou daquelas, e sendo assim, torna-se parte componente e não apenas propagadores. Os cursos online com os quais trabalho para portais de educação à distância como o www.buzzero.com, bem como as experiências de programas ao vivo para o www.monqi.com.br não são dirigidos apenas a quem trabalha com arte, mas principalmente para consumidores de cultura como um produto de alcance social. Quando todas as pessoas souberem discernir o lixo do luxo, muitas aberrações irão desaparecer das mídias cada vez mais apelativas, e cada vez menos culturais. Todo esse processo está diretamente ligado a educação que torna-se a cada dia mais mercantil e menos humanística. Não se ensina na escola o que pode despertar a compreensão dos interesses escusos que dominam o sistema absolutamente consumista do tudo por dinheiro, que se danem os seres humanos. 
Ilustramos essa crônica com Narciso que se achava tão bonito que passava dias olhando sua imagem refletida nas águas cristalinas do rio. Um dia descuidou-se e embevecido com sua beleza caiu no rio e morreu afogado. O mundo está se tornando um imenso painel de espalho dos Narcisos.